sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O VELHO VAQUEIRO

O Velho vaqueiro chora

Com saudades do passado.

Mesmo c’um nó na garganta

Solta um aboio chorado

Num relembrado penoso

Lacrimeja o desditoso

No seu canto acabrunhado.

*

Pita um cigarro de palha

E puxa pela memória

Buscando em cada pitada

Um pouco de sua história

Coloca e tira o chapéu

Olha pro chão e pro céu

Nas cenas da trajetória.

*

Hoje somente a saudade

Habita seu coração.

Pois morando na cidade

Vive de recordação,

E chora pela boiada

Que por ele era tocada

Nas quebradas do sertão.